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Por ganho real, setor da construção pesada faz greve no norte/noroeste do ES

Segundo o Sintracon-ES, movimento obrigou reabertura das negociações e paralisação foi suspensa temporariamente; proposta inicial de apenas 4% de reajuste foi rejeitada em assembleia

Publicado: 25 Setembro, 2024 - 18h14 | Última modificação: 27 Setembro, 2024 - 10h35

Escrito por: Redação CONTICOM | Editado por: João Andrade

Divulgação Sintracon-ES
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Matéria atualizada em 26/09/2024

 

Os trabalhadores do setor da construção pesada do norte e noroeste do Espírito Santo entraram em greve nesta quarta-feira (25/9) e conseguiram reabrir as negociações para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT-2024), com data-base vencida em 1º de setembro. A situação forçou o patronal a reabrir as negociações e a greve foi temporariamente suspensa nesta quinta-feira (26/9).

De acordo com José Paulino, presidente do Sindicato da Construção Civil e Pesada de Linhares (Sintracon-ES), no último domingo (22/9) os trabalhadores se reuniram em assembleia geral, recusaram a proposta enviada pelo patronal e decretaram estado de greve. Como não houve resposta dos patrões, na quarta-feira os trabalhadores cruzaram os braços.

Na próxima terça-feira (1º/10) está marcada mais uma reunião entre o Sintracon-ES e a bancada patronal para apresentação de uma nova proposta. Na sequência, os trabalhadores decidem em assembleia geral se aceitam ou não a proposta reformada pelos patrões.

“Caso os trabalhadores voltem a rejeitar a proposta dos patrões, a greve recomeça no dia seguinte [quarta, 2/10]. Mesmo assim, já estamos fazendo história com essa greve”, afirma o sindicalista.

 

‘Reajuste irrisório’

De acordo com José Paulino, a assembleia do último domingo recusou a proposta patronal especialmente com relação ao reajuste proposto, de apenas 4%. Os trabalhadores pedem reajuste de 8,71%, resultado da composição do índice de inflação mais um ganho real de 5%.

“Os trabalhadores consideraram a proposta patronal muito irrisória, principalmente o índice de reajuste dos salários, mas também com relação aos demais benefícios. A gente não aceita 4% de reajuste e por

 

Demais benefícios

Dentre os pontos que também entrarão nas novas negociações estão os que tratam do cartão alimentação e do cartão de assiduidade, além de melhorias no plano de saúde, alteração do texto sobre o seguro de vida, e a Participação nos Resultados (PR).

No cartão alimentação, Paulino explica que a proposta patronal ofereceu reajuste de apenas R$ 30 (passou de R$ 420 para R$ 450), ficando muito distante da reivindicação apresentada pelo Sintracon-ES, que é de um benefício de R$ 900.

Já no cartão assiduidade, além de melhoria no valor do benefício – os trabalhadores querem R$ 180, contra os R$ 165 oferecidos pelo patronal –, o Sintracon-ES exige alteração nas regras que atualmente preveem a perda total do benefício com apenas uma falta.

A proposta apresentada pelo sindicato prevê que o trabalhador pode ter até quatro faltas no mês, perdendo 25% do valor do benefício a cada uma das ausências.