Conticom-CUT apoia uso da ‘Plataforma Margarida’ no combate à violência de gênero
Canal digital criado para receber denúncias de violência contra as mulheres também é instrumento importante para lidar com casos no mundo do trabalho
Publicado: 03 Dezembro, 2025 - 15h33 | Última modificação: 03 Dezembro, 2025 - 15h48
Escrito por: Redação CONTICOM | Editado por: João Andrade
A Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira da CUT (Conticom) está convocando seus filiados a apoiar a utilização da “Plataforma Margarida”, lançada no último dia 25 de novembro, em São Paulo, também como instrumento de combate à violência praticada no mundo do trabalho.
Originalmente criada pela Casa Margarida Barreto como um canal digital para recebimento de denúncias de todas as formas de violência contra as mulheres, a plataforma foi lançada pela ONG durante seminário sobre o tema promovido por entidade como CUT-SP, IndustriAll Brasil e Fundação Friedrich-Ebert, organização alemã voltada ao fortalecimento da classe trabalhadora, da democracia e dos direitos humanos.
Na avaliação de Cláudio Gomes, presidente da Conticom-CUT, o movimento sindical deve aproveitar sua participação e envolvimento na campanha nacional “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência e do Racismo contra as Mulheres” para divulgar a Plataforma Margarida junto a suas bases de trabalhadoras e trabalhadores.
A campanha “21 Dias de Ativismo” é uma mobilização mundial, coordenada pela ONU Mulheres desde 2003, que ocorre no Brasil de 20/11 (Dia Nacional da Consciência Negra) a 10/12 (Dia Internacional dos Direitos Humanos). O objetivo é conscientizar a sociedade sobre as diversas formas de violência contra mulheres e meninas e incentivar o enfrentamento.
Demanda crescente
A criação da plataforma pela Casa Margarida Barreto responde a uma demanda crescente de atendimentos a casos de violência contra as mulheres. Somente entre janeiro e outubro deste ano, a ONG realizou 465 atendimentos profissionais e humanizados a mulheres em situação de violência.
“A busca por ajuda por mulheres segue em crescimento. Só no primeiro trimestre de 2025, houve um aumento de 33% nas ligações ao Disque 180. A ‘Plataforma Margarida’ vem como mais uma estratégia e um caminho para oferecer acolhimento e ampliar a proteção”, afirma Lu Varjão, presidenta da Casa Margarida Barreto.
O presidente da Conticom-CUT lembra que a Casa Margarida Barreto não se limita aos casos de violência doméstica. A ONG atende também episódios de violência ocorridos em outros espaços da sociedade, incluindo o mundo do trabalho, onde são recorrentes casos de assédio moral e sexual.
Como fazer
A “Plataforma Margarida” já está no ar e pode ser acessada pelo site https://casamargaridabarreto.org.br/, onde a denunciante encontra um formulário para coletar as informações essenciais do caso, como nome do agressor, telefone, endereço, local onde ocorreu a violência e descrição da situação.
Após o envio, a denúncia é automaticamente registrada e encaminhada à equipe da Casa Margarida Barreto, que entra em contato com a denunciante e inicia o atendimento, que começa pelo serviço social e segue, conforme a necessidade, para acompanhamento psicológico e jurídico.
